então estamos na época de exames... por excelência uma época depressiva para os milhares de estudantes que tentam esgrimir forças com os capatazes, leia-se professores. Como eu não sou diferente de todos os outros estudantes, salvo os ditos "marrões", ontem entreguei-me a um luxo proibido, isto porque a 3 dias de um grande exame decidi não pegar nas fórmulas e conceitos e cálculos matemáticos e resmas de folhas e deduções de formulas e a todos os meandros que os processos de separação exigem de um simples mortal que quer apenas fazer a cadeira. O que fiz ao invés de estudar foi entregar-me a uma conversa a quatro sobre o universo e o destino deste fragmento rochoso a que chamamos terra. Ora bem, entre um cachimbo de água e uns snacks a conversa foi continuando noite dentro. Todos trocamos saberes e experiências a um nível científico.
Para quem quiser saber o que foi discutido e ser levado numa odisseia através de física quântica da física elementar e sobretudo de conceitos que ultrapassam a nossa compreensão passe para o parágrafo seguinte. Quem não quiser perder tempo nisto, então está ali em cima, no canto superior direito do ecrã um botão com uma cruz, é só clicarem nele.
Num post anterior meu discuti acerca do tempo, mas nessa altura falava de um tempo como símbolo de passagem, ou seja o tempo que se conta com relógios. A partir de agora e por não ser escritor e poder cair numa falácia de escrita quando me referir agora ao tempo, refiro-me sim ao conceito de espaço-tempo. Agora se me perguntarem o que quer dizer o conceito espaço-tempo, posso dizer que são inseparáveis, são tudo o que emerge da teoria da relatividade do nosso Einstein.
Agora talvez o mais complicado de entender é que podemos dobrar o espaço-tempo, ou seja podemos pensar que o espaço tempo é um lençol e que para nos podermos deslocar de um espaço para outro dobramos os lençol em pregas pequenas e por cada centímetro que andarmos estamos a passar por cima das pregas, fazendo com que andemos a uma velocidade normal, mas que relativamente andamos mais rápido porque cobrimos maior área do lençol porque este se encontra com pregas. Quem já tentou explicar isto foi o realizador do Star Treck em que na sua nave a USS Enterprise tinha um motor que ao criar um campo gravítico em volta desta conseguia dobrar em pregas a continuidade do espaço tempo na parte da frente da nave, enquanto que na parte de trás voltava a colocar este na forma original. Deslocando-se a uma velocidade de imaginemos 1000Km/h, na realidade, a velocidade dela era de facto muito superior porque o espaço-tempo estava dobrado. Tudo isto é na realidade "possível", contudo ao gerar-se um campo magnético tão tremendo em volta da nave, todos os seres vivos dentro desta, bem como a nave seriam liquefeitos.
Pouco depois interrogámo-nos sobre a capacidade de viajar à velocidade da Luz que é de 299792458m/s,( que bom poder chegar ao Algarve em 10 minutos.) o consenso foi total. Sabendo que a velocidade da Luz é a maior velocidade existente no universo e que apenas a energia consegue viajar a essa velocidade, sendo os humanos e uma nave constituídos por matéria, ao limiar a velocidade da luz iríamos ficar transformados em energia... Supondo agora que seria teoricamente podermos viajar a essa velocidade o que nos aconteceria? Bem, é surpreendente, supondo que queríamos ir da Terra a Alpha Centauro, que é a estrela mais próxima e está a 4.3 anos-luz. (um ano-luz é o espaço percorrido pela luz durante um ano, que é aproximadamente 9454254955488 Km = 9,45x10^12 Km) Imaginando agora que conseguíamos estar a viajar a uma velocidade de 95% da velocidade da luz. E que então precisávamos de mais ou menos 4,4 anos para lá chegarmos. Quando lá chegássemos, veríamos que para nós apenas teriam passado 4 meses, enquanto que para uma pessoa na terra teriam passado os 4,4 anos, sendo que enquanto estávamos a viajar para Alpha Centauro se olhássemos para a terra ela estaria a rodar sobre sí própria a uma velocidade tremendamente superior à que nos parece enquanto estamos na sua superfície; tudo isto define a Teoria da Relatividade.
Passando agora para um novo Graal da física; Viagens no tempo. Todo o ser Humano gostava de voltar para trás no tempo de de viajar para o futuro.
Falando de viajar para o passado, se conseguíssemos rodar sobre nós próprios a uma velocidade limiar da da Luz conseguíamos viajar para trás no tempo. Mas há um paradoxo, porque imaginemos que conseguíamos andar para trás 100 anos. Ao encontrar o nosso tetra-avô, se o matássemos não existiríamos, mas contudo existimos porque viajámos para trás no tempo.
Quanto a viajar para o futuro, Einstein disse que não seria necessário usar a velocidade da Luz, mas sim conseguir encontrar um "wormhole". A teoria à volta destes "buracos de minhoca" é que seria mais rápido uma minhoca perfurar uma maça por um buraco criado por ela do que circundar a maçã para chegar ao outro lado desta. É de facto impossível criar wormholes, quanto mais mantê-los estáveis para conseguirmos entrar dentro deles. Mas se por acaso conseguissemos entrar num dos milhares de milhões que existem no universo não conseguiríamos saber se alguma vez saíamos dentro deles, porque sim, um wormhole está sempre ligado a outro, nem tampouco saberíamos se viajámos para o passado ou para o futuro, o mais certo seria nunca sair de dentro deles, devido ao estado de energia pura que define a ligação entre dois wormholes.
Ainda discutímos buracos negros, buracos brancos, supernovas, quarks, bosões, leptões, entradas de fase de electões, distorção do espaço-tempo, o jogo da croácia-turquía, o subverso, o aquecimento global entre muitos outros destinos macabros da Humanidade...
Um esquema explicativo de um wormhole.
Um buraco negro.
Uma supernova, que é a representação da morte de uma estrela.
Fiquem bem...
1 comentário:
sim sr. as minhas noçoes cientificas tao neste momento muito mais enriquecidas :) obrigado por esse vasto conhecimento transmitido à minha pessoa.. :)
eheh
Rui
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